quinta-feira, 5 de março de 2009

Ainda falando de saudades....

E aih galera!

Vim aqui hoje para o meu primeiro post que não será de um texto e sim de um livro. Logo eu que não gosto de escrever, gosto mesmo é de falar (como vocês já sabem!), consegui expressar no papel um pouco do que venho sentindo.

Esta semana me coloquei a pensar sobre um sentimento que atinge a todos: a Saudade!

Saudade é uma palavra bonita que nos remete a sentimentos bons. Saudades dos amigos que não vemos mais, saudades de alguém que já se foi, saudades da família que está longe, saudades de momentos que vivemos.

Nos últimos dias tenho sentido saudades de várias épocas da minha vida (falando assim parece coisa de velho, mas vamos combinar né, eu já tenho ¼ de século, rsrsrs!). Quero começar falando da saudades da minha infância. Das quermesses na Igreja do bairro, em que eu ficava juntando palha nos pratinhos de batata frita para depois então lança-los ao ar. Da minha vontade de ser paquita. Das amizades que fiz na época do primário (Ops! Ensino Fundamental) que me acompanharam até o fim da 8ª série e que hoje, de maneiras diferentes, estão voltando pra minha vida. Das brigas por motivos bobos que hoje tanto me faz rir.

Saudades também da pré-adolescência quando eu não permitia que ninguém me chamasse de criança. Imagina, eu já tinha 12 anos, eu não era mais uma criança. As quermesses que antes serviam de diversão com os pratinhos, agora era a baladinha. Era o point, onde todos os adolescentes se encontravam e eu ficava babando apaixonada pelo vizinho, mais velho que eu, que já tinha mobilete. Eduardo! Nossa, ele era o cara! Eu ficava o tempo todo paquerando ele, que nunca me deu bola. A primeira paixão é tão gostosa. Eu esperava todos os dias ele voltar do trabalho para almoçar e no final do dia mesmo, para que ele pudesse me dar um mísero “Oi”, porque eu simplesmente amava ouvir a voz dele. Hahaha!

Algum tempo depois, eu já não era mais apaixonada por este e estava entrando na adolescência mesmo. Saudades infinitas da adolescência. Época em que minhas preocupações eram estudos e baladas de fim de semana. Por baladas não entendam “boates”. Minhas baladas dos 15 anos era ir bater perna no shopping para paquerar os gatinhos ou ir ao Roller Dancer’s Patinação. Foi uma época em que eu conheci pessoas muito interessantes. Minha segunda paixão, Clayton, e o primeiro amor mesmo, Anderson, também são dessa época. Época em que eu mudei de escola e me cerquei de pessoas diferentes pela 1ª vez em anos. Pessoas que marcaram uma época fantástica da minha vida, mas que hoje nem sei por onde andam. Ah! Essa também foi a época em que eu era apaixonada pelos Hanson, hahaha. Eu jurava que iria casar com o Taylor. Tive uma enorme decepção quando descobri que ele se casou no dia do meu aniversário. Eram bons tempos! Eu vivia participando de promoções para poder conhece-los. Eu, e lógico, minha fiel companheira de todas as aventuras, Juliana.

Ainda na adolescência, porém um pouco mais tarde, lá pelos 17 anos, veio a fase dark, a fase da rebeldia. Me achava independente, vivia brigando com meus pais. Mas quem nunca teve uma fase assim que atire a primeira pedra. Só gostava de usar preto e ouvir rock o dia inteiro. A música me alimentava. Eu e minhas idéias malucas de um dia sair de Rio Preto porque aqui não era o meu lugar. Nessa época eu freqüentava, em meus fins de semana, a “Toca do Rock”. A Toca, como a gente costumava chamar, não passava de uma casinha branca de uns três cômodos numa chácara no fim do mundo. Ah! Mas como eu me diverti ali. Quantas vezes caminhei durante 3 horas para poder voltar pra casa. É, porque eu nunca tive a mordomia de papai ou mamãe me buscando ou levando pra lugar nenhum não. Toda minha diversão era feita através das próprias pernas. E essas caminhadas na madrugada, com os amigos eram ótimas. Saulinho, Ju, Viana, Lúcio, Ricardo, Pequeno e tantos outros me acompanhavam nessa aventura. Foram dias mais que especiais.


Depois dessa fase dark, voltei a me concentrar mais nos estudos novamente porque eu ainda queria sair de Rio Preto e minha única chance era fazer faculdade fora. Durante 2 anos de cursinho eu prestei Artes Cênicase me buscando ou levando pra lugar nenhum ns caminhei durante 3 horas para poder voltar pra casa. er Dancer'se pudesse me dar u. Eu queria mesmo ser atriz, já fazia teatro aqui há algum tempo. Esse era meu sonho. No cursinho conheci pessoas que me ensinaram muito sobre a vida, sobre responsabilidades, compromisso. Amizades maravilhosas foram feitas lá como o Gustavo e a Anne que são amigos fiéis até hoje. No último ano do cursinho eu desisti da Artes Cênicas e decidi prestar Serviço Social. Ok, confesso, não era o que eu tinha sonhado pra mim, até porque acho que ninguém sonha em ser assistente social, a gente aprende a amar a profissão a partir do momento que começa a vivê-la Mas, voltando ao assunto, prestei e passei nas duas universidades que prestei, UNESP e UEL. Por motivos que não vem ao caso escolhi ir para a UEL. Eu estava tão feliz, tão aliviada de ter passado, que nem imaginava o que eu ainda teria que enfrentar. Me lembro ainda o primeiro dia na UEL. Cheguei já levei um tapa. Estava me sentindo importante por ter entrado em uma faculdade pública até perceber que todos que estavam ali eram tão importantes quanto eu, pois na verdade, ali eu era simplesmente mais uma, mas nem por isso deixou de ser menos emocionante. Afinal, eu tinha conseguido sair de Rio Preto!


Os dois primeiros anos em Londrina foram difíceis. Nunca achei que sentiria falta da Rio Preto que eu tanto reclamava e tanto queria sair. Eu sentia falta de casa, da minha família, dos meus amigos, da minha irmã que estava morando fora do país e era a pessoa com quem eu mais compartilhava meus gostos e besteiras e que naquele momento eu já não a via e nem falava com ela há algum tempo, e ainda vivia em pé de guerra dentro de casa. Não foi fácil mesmo, mas tive a ajuda de algumas pessoas que foram fundamentais para me manter estável e ajudar na próxima fase que estava por vir. Em primeiro lugar, tenho que agradecer à Rafa que me agüentou, com neuras e tudo mais, desde a primeira semana de aula. Nós éramos inseparáveis no primeiro ano. Logo em seguida à Mana, a primeira pessoa a me dar parabéns no dia do meu aniversário no primeiro ano (detalhe: eu estava tão deprê que tinha me esquecido do meu aniversário) que também contou com um bolinho de morango feito pela Rafita para tentar me animar. Teve também a Camila Truffa, que além das truffas maravilhosas que fazia me ajudando a controlar a ansiedade, rsrsrs, me acolheu em diversos almoços, sempre tentando amenizar a falta que um domingo em família pode fazer. E por fim à Ana e à Ângela (sem acento!) que me aturavam todos os fins de semana em sua casa. Meu Deus! Como elas me agüentaram!!! Tantas reclamações, tantas choradeiras, mas também muitas risadas. Ah1 isso teve sim!!!

Contudo, depois dessa fase nebulosa veio o renascimento da Drica, rsrsrsr!! Muito brega isso! Mas foi o que realmente aconteceu. Republica nova, novos amigos e pessoas cada vez mais interessantes por perto. Gisa, Lêndea, Melhor Amiga, Izabola, Thá, Na, Francisleide, Kamilla, Bombom, Márcio, Alex, Pufinho, Chris, Anderson son son, Jô, Mariguxa, e é melhor eu parar por aqui pq tenho certeza que vou esquecer alguém. Passei com todas essas pessoas da facul momentos que me fizeram me encontrar, descobrir quem eu sou realmente. Foram muitas reuniões em casa, festas da facul, barzinhos, truco na sala, festas de aniversário (nem vou comentar sobre o meu!). Brigas com os vizinhos e entre a gente. Por motivos mais bobos seria impossível: ciúmes, louça, desorganização, egoísmo, divergência de opiniões. Foram as melhores brigas que eu já tive, e olha que eu sou, por natureza, eu pessoa briguenta. Mas foram as melhores porque sempre vinham com um pedido de desculpas sincero, cheio de lágrimas ou de risos, as vezes até contavam com um Sonho de Valsa, né Gisa!!!! Fiz amigos, das formas mais normais e das mais estranhas também como o João que conheci no cinema com a Gisa e o Lucas e o Cleverson que conheci no jogo do Corinthians com a Nagilinha.

Tive também momentos muito triste com a perda de pessoas que deixarão muitas saudades. Em todos os anos de facul, eu perdi alguém importante. Fabim, meu avô, as mães de dois grandes amigos e um amigo muito especial que se foi de forma trágica no ano passado, mas que a lembrança que mais quero guardar é a da nossa última conversa, cheia de risadas, e brincadeiras, após tanto tempo sem nos ver.

No último sábado (28/02), estive no casamento de um dos meus melhores amigos, o Saulinho. Durante a cerimônia, chorei feito uma louca porque lembrei dos momentos que passamos juntos e que não voltarão. Tudo é uma fase e a gente segue em frente, como deve ser feito. Sinto uma nova fase começando, mas pela primeira vez não sei onde ela vai dar. Não planejei nada, não busco nada além da minha felicidade feita através de momentos que sejam tão bons como todos os que relatei acima.

O que quero dizer da turma 1000/2005 de Serviço Social é que muitos de nossos momentos juntas vão ficar somente numa lembrança maravilhosa e que só depende de nós fazer com que os próximos momentos sejam tão maravilhosos quanto. Se vamos estar sempre juntas, eu não saberia dizer. Só sei que em mim, levarei todas vocês no coração pra sempre, seja como lembrança ou como presença.

Só mais uma coisa. Uma frase que sempre significou muito pra mim e que acho que cabe bem nesse momento: “A inocência não é eterna, mas uma amizade pode durar para sempre!”

Sinto muitas saudades já.

Amo todas vocês!

6 comentários:

Mana disse...

é.... foi bom!!!!
sinto saudades!


obs.: os hanson nao era meninas?!
husuhsahuashuashuas

Drica disse...

Não fala isso pq eu não adimitoooo!!!
Eles eram lindos (com carinhas de meninas, mas lindos) e estão muito mais lindos hj em dia. Além do q cresceram e mto musicalmente... Ah, eu não sou mais fanatica, mas nunca fale mal dos Hanson para uma ex-hansonmaníaca...rsrsrrs

Thais disse...

Nossaa,, esse blog ta me fazendo chorar.... rsrsrsr... Saudadeeeeee imensa!

Unknown disse...

aiii encheu meus olhos de lágrimasss...esses posts estão me deprimindo de tantas saudadess...

Angela! disse...

tsc tsc..... snif snif.. sua boba boba!!!!!!!!! Eh!

Unknown disse...

Oi.. procurando por algo na Internet, achei seu Blog por acaso... Meu deu até um nózinho na garganta quando comecei a ler, até mesmo porque eu trabalhava no Roller Dancers (tempo bom que não volta mais) e me lembrei dos tempos de antigamente, onde tudo parecia ser lindo e que a vida é perfeita. Ás vezes não nos damos conta de que somos felizes com aquilo que temos, naquele momento, achando que o futuro será tudo aquilo que imaginamos em nossas mentes...
É... saudades da infância...

Parabéns pelo texto!